O líder do governo na Câmara dos Deputados, Ricardo Barros (PP-PR) chegou ao Palácio do Planalto pouco depois do presidente. O deputado, no entanto, não falou com a imprensa e não confirmou se os dois iriam se reunir. Valdemar Costa Neto, presidente do PL, partido de Bolsonaro, também ainda não se manifestou. A legenda informou que ele vai se pronunciar em um momento "oportuno".
Aliados têm a expectativa de que o mandatário se manifeste publicamente ainda nesta segunda-feira, mas não arriscam dizer se ele cumprirá o protocolo de candidato derrotado e telefonará para Lula.
Na reta final do segundo turno, Bolsonaro disse em entrevista à TV Globo que "quem tiver mais votos leva", porque "é isso que é a democracia". Durante a campanha, o presidente já havia afirmado que só falaria sobre o resultado das urnas após se conversar com militares. As Forças Armadas fizeram ações de fiscalização nas seções eleitorais durantes o primeiro e segundo turno.
Segundo o colunista Lauro Jardim, Bolsonaro acompanhou a apuração na casa do senador Flávio Bolsonaro, após votar pela manhã no Rio, e evitou contato com aliados ao longo do dia. Integrantes de sua campanha tentaram encontrá-lo durante a apuração, mas o presidente sequer os atendeu. Pediu a assessores para avisar que preferia permanecer sozinho e que entraria em contato na segunda-feira de manhã.
Por volta das 22h, as luzes do Alvorada se apagaram, e a informação era de que ele foi dormir.