Em uma noite dedicada à reflexão sobre a importância do empoderamento das mulheres para uma sociedade com igualdade de gênero, respeito e valorização da presença feminina em todos os espaços, o Grupo de estudantes vinculado ao Programa de Educação Tutorial (PET) do Ministério da Educação (MEC), da Unidade da UEMS em Ivinhema, realizou, no dia 10 de março de 2025, um ciclo de palestras.
A petiana Ellen Caroline Dias de Lima iniciou as apresentações trazendo informações sobre a origem da data 8 de março como o Dia Internacional da Mulher, algumas personalidades mulheres que são destaques em diversas áreas de atuação no cenário internacional e a ainda restrita participação das mulheres no cenário político nacional, apesar dos compromissos firmados nos ODS (Objetivos do Desenvolvimento Sustentável), além de dados estatísticos sobre feminicídio no Brasil e em Mato Grosso do Sul. A seguir, palestraram as irmãs Pedrosas, Rosângela, Rosimari e Rosimeire, produtoras rurais em Ivinhema, que, juntamente com outra irmã e a mãe, conduzem uma propriedade em bases agroecológicas e, Rosângela realiza atividades de auditoria em propriedades para o reconhecimento da produção orgânica, integra a Associação de Produtores Orgânicos de Mato Grosso do Sul (APOMS) e realiza atividades de educação ambiental.
Em continuidade, a cabo Marta Valéria Aragão Ferreira, policial militar (PM) fez um relato da sua trajetória de formação e ingresso na carreira militar, ocorrido quando ainda havia cota reduzida para mulheres; compartilhou sua experiência de atuação como operadora de rádio, ressaltando a importância da escuta às vítimas que acessam o serviço; divulgou os programas que a PM desenvolve junto à comunidade, com ênfase ao PROMUSE, Programa Mulher Segura.
Para finalizar, proferiu sua fala a profa. Lucimara da Silva Nogi Egea, egressa do curso de Ciências Biológicas e atualmente integrante do quadro de docentes da Unidade de Ivinhema, também abordando sua formação, sua primeira experiência profissional junto a uma empresa multinacional da região, num cargo de chefia onde era a única mulher; sua atuação no setor público; no Conselho Tutelar, destacando a quase totalidade das ocorrências em que havia criança envolvida e que as mães eram denunciadas, responsabilizadas, criticadas, sem ao menos haver qualquer questionamento sobre o pai de cada uma das crianças; e sua percepção como mãe, responsável por educar uma menina, para que seja independente e respeitada, e um menino, para que não reproduza comportamentos machistas que a sociedade normaliza.
A participação da comunidade acadêmica foi significativa e os organizadores agradecem às palestrantes e às instituições que representam.