Membro da organização criminosa responsável por esquema de pirâmide financeira transnacional com atuação em Mato Grosso do Sul e pelo menos 80 países foi preso na manhã desta quarta-feira (19) na cidade de Guaraí, interior do Tocantins.
O foragido, que não teve o nome revelado, foi localizado durante fiscalização da PRF (Polícia Rodoviária Federal) no km 332 da BR-153. Ele estava em uma Toyota Hillux com outros dois ocupantes. Durante abordagem, os policiais verificaram que o envolvido tinha mandado de prisão preventiva em aberto, expedido pela 3ª Vara Federal de Campo Grande, no dia 16 de outubro de 2022.
O suspeito era alvo da Operação La Casa de Papel, deflagrada nesta quarta-feira pela Polícia Federal, com apoio da Receita Federal e da ANM (Agência Nacional de Mineração) e respondia por crimes contra o sistema financeiro nacional, lavagem de dinheiro, associação a organização criminosa, estelionato e falsidade ideológica.
O homem foi preso e conduzido para a delegacia de Polícia Federal de Palmas, capital do Estado, onde aguarda manifestação do Judiciário para as medidas legais cabíveis.
Operação - A investigação começou em agosto do ano passado em Dourados, a 251 km de Campo Grande, após a prisão de dois integrantes da quadrilha. Com escolta armada, eles se deslocavam em direção à fronteira com o Paraguai transportando esmeraldas avaliadas em 100 mil dólares e foram presos em Rio Brilhante.
Durante as investigações, a PF descobriu que o esquema de pirâmide financeira captou recursos de mais de 1,3 milhão de pessoas em pelo menos 80 países. As operações teriam começado em 2019 e continuavam em curso até hoje. O prejuízo aos investidores é estimado em R$ 4,1 bilhões.
Entre os presos na operação está o marido da cantora Perlla, Patrick Abrahão que ostentava carrões e roupas de grife na internet. O empresário foi preso em casa, em um condomínio de luxo no Recreio dos Bandeirantes, no Rio de Janeiro.
Conforme a PF, os agentes cumprem ainda mandados de bloqueio de 20 milhões de dólares e sequestro de dinheiro em contas bancárias, imóveis de altíssimo padrão, gado, veículos, ouro, joias, artigos de luxo, mina de esmeraldas, lanchas e criptoativos em posse de pessoas físicas e jurídicas investigadas. A PF ainda não divulgou o balanço da operação.