Após deflagrada Operação Terceirização de Ouro e o afastamento de três conselheiros do TCE-MS (Tribunal de Contas Estadual) de Mato Grosso do Sul, Jerson Domingos assumirá a Corte de forma interina. A medida começa a valer já a partir desta quinta-feira (8/12).
A informação foi publicada pela assessoria de imprensa na página oficial do órgão e alerta que ainda hoje ele deve se reunir com outros integrantes para deliberações. No Estado, a Corte de Contas possuí sete integrantes.
Nesta manhã, por decisão do STJ (Superior Tribunal de Justiça), o presidente Iran Coelho das Neves, Ronaldo Chadid e Waldir Neves, foram afastados da função por período de 180 dias. Eles ainda serão monitorados por tornozeleiras eletrônicas.
Além dos conselheiros, dois servidores e um ex-funcionário do Tribunal também são alvos da operação.
TERCEIRIZAÇÃO DE OURO
Os trabalhos que resultaram na 2ª fase da Operação Mineração de Ouro, denominada Terceirização de Ouro, têm como principal investigação um contrato de R$ 100 milhões firmado pelo TCE-MS com terceirizada.
De acordo com a Polícia Federal, que desencadeou a operação junto da CGU (Controladoria-Geral da União) e Receita Federal, o objetivo é apurar a prática dos crimes de peculato, direcionamento de licitações e lavagem de dinheiro.
Os conselheiros do TCE suspensos foram proibidos de acessar as dependências do órgão, além da vedação de comunicação com pessoas investigadas.
Conforme as informações da Polícia Federal, a operação tem objetivo de cumprir 30 mandados de busca e apreensão. Os alvos estão em Campo Grande, Brasília (DF), São Paulo (SP), Porto Alegre (RS) e Miracema (RJ).
As ordens foram emitidas pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça), que ainda autorizou o afastamento dos sigilos fiscal, bancário e telefônico de pessoas físicas e jurídicas investigadas.
O nome da operação decorre de indícios de crimes relacionados a contratos de terceirização de mão de obra do Tribunal.