Um crime sem corpo é investigado pela polícia, que ainda faz buscas por Matheus Henrique Ponce Fagundes, que desapareceu em 2022, no Bairro Caiobá, depois de ser visto pela última vez na boca de fumo do ‘Pequeno Zaroio’. Dois acusados pelo crime, pai e filho, foram presos preventivamente pelas equipes da DEH (Delegacia Especializada de Homicídios).
Após o desaparecimento de Matheus, que estava morando na casa de uma amiga, o pai do rapaz foi até o bairro para tentar achar o padeiro do filho. Lá, foi informado por várias pessoas que seu filho havia sido assassinado e que a última vez que tinha sido visto seria na boca de fumo, onde tinha ido trocar uma bateria furtada de um caminhão por drogas.
Um dos suspeitos presos pela DEH seria o dono do caminhão que teve a bateria furtada. Contra ele e o filho havia mandados expedidos no dia 30 de junho, sendo que no dia 3 de julho, o juiz decretou a prisão temporária dos suspeitos. No dia das buscas feitas na casa do suspeito, os policiais encontraram duas armas e munições.
Matheus desapareceu no dia 15 de abril e foi visto por moradores da região na boca de fumo. Segundo consta, muitos moradores já estariam incomodados com a presença do rapaz, que passou a furtar casas para trocar os objetos por drogas. Até de uma amiga com quem estava morando, já havia furtado um botijão de gás. Por isso, ela acabou colocando ele para fora, sendo visto pela última vez pela amiga no dia 11 de abril.
Já no dia 15 de abril, ficou sabendo que o dono de uma oficina no bairro estava atrás de Matheus em uma camionete Ford F1000, de cor vermelha e, depois disso, nunca mais viu o rapaz que, segundo moradores, estaria morto.
O dono da oficina estava a caça de Matheus após ele furtar uma bateria de um de seus caminhões. A polícia passou a fazer ‘campana’ para fazer a prisão do suspeito que teria cometido o assassinato por retaliação ao furto da bateria.
Uma foto no celular de um dos filhos do suspeito foi encontrada pelos policiais. Na foto estava Matheus amarrado pelos pés e mãos no chão. Acredita-se que sofreu tortura antes de ser assassinado e ter seu corpo jogado no córrego que fica atrás do bairro.
Durante as investigações e tentativas de encontrar Matheus, a polícia acabou localizando em uma trilha na Rua da Lógica, um tênis de número 39, que o pai do rapaz reconheceu como de seu filho.
Agora a polícia tenta encontrar o corpo de Matheus. Os dois presos acusados do crime negaram o homicídio, na delegacia após as prisões.