Natural de Santa Cruz do Sul (RS) e formado pela UFGD em março deste ano, Gabriel foi sequestrado, torturado e estrangulado em uma casa de aluguel por temporada na região sul da cidade. O corpo foi encontrado uma semana depois, já em decomposição.
Com a decisão da Justiça, Bruna Nathalia de Paiva, 28, Gustavo Kenedi Teixeira, 26, Keven Rangel Barbosa, 21, e Guilherme Augusto Santana, 34, passam a ser réus por homicídio qualificado consumado, tortura e furto qualificado (eles se apossaram do celular da vítima). Os quatro serão julgados pelo Tribunal do Júri.
Segundo a Polícia Civil, Bruna foi a mandante do crime após desacerto com Gabriel por causa de dinheiro de golpes aplicados com cartões de crédito clonados e contra aposentados do INSS. Eles seriam cúmplices.
Para a 14ª Promotoria de Justiça de Dourados, o crime foi perpetrado mediante dissimulação e recurso que dificultou a defesa da vítima, “uma vez que Gabriel foi atraído até o local onde se encontravam os algozes, em superioridade numérica, rendido com as armas de pressão e imobilizado”.
O Ministério Público aponta ainda que os três homens agiram a mando e sob as coordenadas de Bruna de Paiva, todos previamente em combinação, e após terem torturado o médico, subtraíram o celular dele, um IPhone 11, a mando da mulher que queria eliminar provas.
Para não pagar a parte de Gabriel e impedir que ele denunciasse os golpes, ela teria contratado os três homens para matar o médico. Os quatro foram presos por policiais civis e policiais rodoviários federais de Dourados em Pará de Minas (MG), onde moram.