Lideranças querem que o PT faça aliança com o PSDB
para a disputa da eleição de prefeito em Dourados
As recentes manifestações políticas do deputado estadual Zeca do PT, ex-governador de Mato Grosso do Sul, sinalizam a sua explícita vontade de que o Partido dos Trabalhadores feche de vez uma dobradinha com o PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira, visando as eleições municipais de 2024, em Dourados.
A manifestação pública de um dos maiores líderes do PT em Mato Grosso do Sul foi mais adiante quando publicamente sugeriu os nomes de Tiago Botelho (PT) para vice, e da deputada Lia Nogueira (PSDB) como a candidata a prefeita, ou vice-versa, com PT na cabeça e PSDB vice, talvez para ver se emplaca a ideia de aliança e a união “caia na graça” do povo.
Na visão de experientes políticos, a aliança já existe de fato e a prova disso é um grande número de petistas ocupando cargos dentro da administração do governador Eduardo Riedel (PSDB).
O fato é que o PT quer retornar ao comando do segundo maior município de Mato Grosso do Sul que, aliás, foi governado em toda sua história só uma vez pela sigla, por dois mandatos consecutivos, pelo professor José Laerte Tetila, de 2001 a 2008, e agora quer ter a chance de reassumir a gestão da “Cidade Modelo”.
Contudo, a mencionada aliança PSDB/PT defendida por líderes petistas e, principalmente, por Zeca do PT, é um balde de água fria em cima das pretensões do ex-deputado Marçal Filho (PP), e “mina” o recém convite feito para que ingresse no PSDB e, dentro do ninho tucano, seria o indicado do partido como candidato a prefeito para suceder o prefeito Alan Guedes (PP).
Por conseguinte, tais citações, sobretudo de Zeca do PT embolam as conjecturas políticas e, principalmente, se torna um movimento inesperado no tabuleiro das Eleições de 2024. Incomoda tucanos históricos, pois, o PSDB de Dourados já se apresenta com três nomes querendo disputar a Prefeitura de Dourados e a vinda de Marçal Filho seria para pacificar o tucanato local, permitindo a definição do nome do empresário radialista como o candidato do partido nas próximas eleições. Porém, na aliança clamada pelo PT, Marçal tem seu nome preterido, estando na preferência a deputada Lia.
Com outro pensamento, o professor Tiago Botelho se apressou e logo avisou em resposta a Zeca do PT que nesse momento o PT tem sua pré-candidatura e estaria aberto ao diálogo para a construção de um projeto para tirar Dourados do buraco, simultaneamente, acusando o prefeito Alan de ruim, um prefeito sem proatividade, sem projetos e sem parcerias junto ao governo federal.
Resta saber se aliança PT/PSDB continua sendo articulada ou se o PSDB de Mato Grosso do Sul, contrariando articulações da cúpula nacional, vai insistir no acordo firmado há aproximadamente três meses com o PMDB, onde, o partido de Reinaldo Azambuja (presidente estadual do PSDB) estiver bem, vai na cabeça com o PMDB de vice. Onde não estiver, o PMDB lança o candidato a prefeito e o PSDB indica o vice.
Alheio à essas movimentações, o PMDB de Dourados, o partido com maior número de filiados na terra de Marcelino Pires, presidido pelo deputado estadual Renato Câmara, vem caminhando com tranquilidade com vistas às eleições de 2024, tendo o nome do próprio deputado como pré-candidato a prefeito do partido. Outras expressivas lideranças peemedebistas também são lembradas como pré-candidatos a prefeitos e, num consenso, todos estão dispostos a articularem para buscar a candidatura majoritária e, simultaneamente, ampliarem suas cadeiras na Câmara Municipal com a eleição de quatro ou até cinco vereadores.