O ex-senador Waldemir Moka (MDB) resolve os últimos detalhes para fechar a chapa que irá comandar nos próximos dois anos o diretório estadual. Nome de consenso para ser eleito presidente na convenção desta sexta-feira (25), o emedebista está focado em reconstruir a legenda com gente nova.
“Eu já vi acontecer essa reconstrução antes. Então, me valendo desses companheiros, o pessoal mais antigo que segurou a bandeira por décadas, vamos buscar atrair lideranças mais jovens”, explicou.
Ele assume oficialmente a cadeira em setembro e irá percorrer os 79 municípios para aprender e ouvir a juventude, diz. “Temos dois segmentos muito organizados e ativos. A juventude e o MDB Mulher. A partir desses dois grupos podemos construir uma forma de conversar. Tenho que ter a humildade de dizer que a forma que eu fiz lá no passado, talvez não sirva para este momento. Por isso temos que ouvir para saber qual a melhor maneira de reconstruir o partido”
O partido já teve seu momento de ascensão no passado, quando tinha seus representantes ocupando metade das cadeiras da bancada federal, bem como duas das três vagas no Senado. Agora, Moka afirma que não tem como ter uma previsão concreta das metas para as próximas eleições.
“Primeiro vou fazer um diagnóstico da situação nos municípios. Temos um acordo com o PSDB de apoiar a reeleição do governador Eduardo Riedel em 2026. Para as eleições do ano que vem vamos priorizar alianças com o PSDB onde for possível e falar com todos os partidos para propiciar e eleger o maior número de vereadores”, afirmou.
Sobre o líder do partido e ex-governador André Puccinelli, não ficou descartada a participação dele na disputa pela Prefeitura de Campo Grande. “Ele é pré-candidato e ainda vamos discutir no ano que vem a possibilidade de disputar a Capital. Mas o desejo dele é ser candidato a senador em 2026”.
Moka também aproveitou para reafirmar a importância da ministra do Planejamento Simone Tebet para o partido. “Todo mundo respeita e adora a Simone. Esperamos que ela possa ajudar o MDB em Brasília e o secretário de Estado da Casa Civil, Eduardo Rocha também é nossa importante ponte com o governo do Estado”.
História - Moka entrou para política ao lutar pela democratização do país por meio da mobilização estudantil. Participante ativo do diretório da escola e da faculdade de medicina, se filiou ao MDB e desde então não deixou o partido.
Em 1982 foi convidado a ser candidato a vereador na primeira eleição direta. Na época, além de ser médico era professor de química no cursinho do Dom Bosco. Moka se elegeu na chapa vinculada com o candidato a governo Wilson Barbosa Martins. Nesta época tinha 28 anos e foi eleito presidente da Câmara Municipal.
Quatro anos depois, se elegeu deputado estadual. Ficou na Assembleia Legislativa durante três mandatos consecutivos e em 1998 foi eleito deputado federal. Na Câmara dos Deputados, Moka também ficou por três mandatos até se eleger senador em 2010.
Durante a carreira política foi presidente do partido três vezes. Apesar da vasta experiência não pretende voltar a disputar as urnas novamente.